Tutorial Prático: Diagramas, Tabelas e Otimização de FSMs

As Máquinas de Estado FinitoMáquinas de Estado Finito (FSMs): Projeto prático: semáforo ou máquina de venda automáticaMáquinas de Estado Finito (FSMs): Projeto prático: semáforo ou máquina de venda automáticaAprenda a criar uma Máquina de Estado Finito aplicada a um semáforo. Tutorial prático com diagramas, tabelas e lógica de transição detalhada. (FSMs) são fundamentais em projetosIntrodução ao SystemVerilog: História e EvoluçãoIntrodução ao SystemVerilog: História e EvoluçãoDescubra a trajetória do SystemVerilog, sua origem a partir do Verilog, e os marcos que transformaram a verificação de hardware na indústria digital. de circuitos digitais que reagem a sequências de entradas ao longo do tempo. Elas permitem controlar sistemas de forma ordenada, armazenando o estado atual e definindo o próximo estado em função das entradas disponíveis. Neste tutorial, exploraremos como criar diagramas de estado, como montar tabelas de transição e por fim como realizar a otimização de estados.

Visão geral das FSMs🔗

Uma Máquina de Estado FinitoMáquinas de Estado Finito (FSMs): Projeto prático: semáforo ou máquina de venda automáticaMáquinas de Estado Finito (FSMs): Projeto prático: semáforo ou máquina de venda automáticaAprenda a criar uma Máquina de Estado Finito aplicada a um semáforo. Tutorial prático com diagramas, tabelas e lógica de transição detalhada. é estruturada de forma que:

1. Existe um conjunto finito de estados possíveis (S0, S1, S2, …).

2. Há um estado inicial especificado, de onde o sistema começa sua operação.

3. Um conjunto de entradas influencia a mudança de estado.

4. Um conjunto de saídas depende do estado atual (e, em alguns casos, das entradas).

A cada ciclo de clockFlip-Flops e Latches: Tipos: SR, JK, D, T (funcionamento e clock)Flip-Flops e Latches: Tipos: SR, JK, D, T (funcionamento e clock)Aprenda os conceitos de Flip-Flops e Latches, incluindo tipos SR, JK, D e T, além do impacto do clock na sincronização de circuitos digitais. (ou evento de disparo, dependendo da aplicação), a FSM muda de estado de acordo com as regras definidas no projetoIntrodução ao SystemVerilog: História e EvoluçãoIntrodução ao SystemVerilog: História e EvoluçãoDescubra a trajetória do SystemVerilog, sua origem a partir do Verilog, e os marcos que transformaram a verificação de hardware na indústria digital..

Em termos práticos, as FSMs são implementadas por circuitos sequenciais que utilizam registros ou flip-flops para armazenar o estado e lógica combinacional para determinar o próximo estado. Contudo, o foco deste tutorial está exclusivamente nas representações com diagramas e tabelas, além das estratégias de otimização de estados.

Diagrama de estado🔗

O diagrama de estado apresenta visualmente cada estado, bem como as transições possíveis entre eles. Cada transição é rotulada com base nas condições de entrada necessárias para que o estado mude. Esse tipo de diagrama costuma ser desenhado com:

  • Círculos representando os estados.
  • Setas indicando as transições.
  • Condições (entradas) próximas às setas, mostrando quando a mudança ocorre.

A seguir, apresentamos um exemplo simplificado de diagrama de estado em formato mermaid (Markdown):

stateDiagram-v2 [*] --> S0: Início S0 --> S1: Entrada = 1 S0 --> S0: Entrada = 0 S1 --> S2: Entrada = 1 S1 --> S0: Entrada = 0 S2 --> S2: Entrada = 1 S2 --> S0: Entrada = 0

Explicação do diagrama:

Esse modelo ilustra um pequeno ciclo de estados com base em uma única entrada.

Tabela de transição🔗

Uma tabela de transição descreve formalmente o comportamento de uma FSMMáquinas de Estado Finito (FSMs): Projeto prático: semáforo ou máquina de venda automáticaMáquinas de Estado Finito (FSMs): Projeto prático: semáforo ou máquina de venda automáticaAprenda a criar uma Máquina de Estado Finito aplicada a um semáforo. Tutorial prático com diagramas, tabelas e lógica de transição detalhada. em função do estado atual e de suas entradas. Ela é organizada em linhas e colunas conforme:

  • Linhas (ou colunas) representando o estado atual.
  • Linhas (ou colunas) representando o valor (ou valores) de entradas.
  • Células da tabela indicando o próximo estado.

Para o mesmo exemplo do diagrama, temos:

Estado Atual (S)Entrada (X)Próximo Estado (S')
S00S0
S01S1
S10S0
S11S2
S20S0
S21S2
Nas colunas, S representa o estado atual, X é a entrada e S' é o próximo estado.

Essa forma tabular facilita a implementação em hardware, pois é direta: cada linha traduz-se em lógica combinacional que decide qual será o próximo estado em função do atual e das entradas.

Otimização de estados🔗

A otimização de estados (também conhecida como minimização) visa reduzir o número de estados de uma FSMMáquinas de Estado Finito (FSMs): Projeto prático: semáforo ou máquina de venda automáticaMáquinas de Estado Finito (FSMs): Projeto prático: semáforo ou máquina de venda automáticaAprenda a criar uma Máquina de Estado Finito aplicada a um semáforo. Tutorial prático com diagramas, tabelas e lógica de transição detalhada. sem alterar o comportamento lógico desejado. Sistemas com menos estados podem:

A técnica de otimização mais comum envolve:

1. AgrupamentoMapas de Karnaugh: Otimização de Circuitos e Minimização de FunçõesMapas de Karnaugh: Otimização de Circuitos e Minimização de FunçõesDescubra como os Mapas de Karnaugh simplificam expressões lógicas, otimizando circuitos digitais e facilitando o projeto em eletrônica digital. de estados equivalentes.

  • Dois estados podem ser considerados equivalentes se, para todas as sequências possíveis de entradas, eles sempre produzem as mesmas saídas e eventualmente levam aos mesmos estados subsequentes.

2. Criação de partições ou classesClasses e Objetos: Criando Estruturas ReutilizáveisClasses e Objetos: Criando Estruturas ReutilizáveisDescubra neste tutorial como usar classes e objetos em SystemVerilog para desenvolver testbenches modulares e eficientes, otimizando a manutenção do código. de equivalência.

  • Costuma-se começar assumindo que estados com saídas diferentes não podem ser equivalentes. Em seguida, verifica-se estado por estado se geram as mesmas transições para estados dentro das mesmas partições conforme as entradas variam.

3. Renomear e mesclar estados.

Exemplo resumido de otimização

Considere uma FSMMáquinas de Estado Finito (FSMs): Projeto prático: semáforo ou máquina de venda automáticaMáquinas de Estado Finito (FSMs): Projeto prático: semáforo ou máquina de venda automáticaAprenda a criar uma Máquina de Estado Finito aplicada a um semáforo. Tutorial prático com diagramas, tabelas e lógica de transição detalhada. com estados {S0, S1, S2, S3}, mas que, após análise, descobre-se que S1 e S2 são equivalentes em termos de comportamento futuro e saídas. Dessa forma:

  • O conjunto {S1, S2} pode ser fundido em um único estado “S1/2”.
  • Ajustamos as transições que apontavam para S1 ou S2, direcionando-as para esse novo estado.
  • Finalmente, renomeamos “S1/2” para “S1” (ou “S2”, conforme preferência) para simplificar.

Esta fusão mantém a mesma lógica da máquina, mas reduz a quantidade total de estados de 4 para 3.

Cada projeto pode exigir detalhamento diferente no processo de minimização, mas a ideia geral sempre será buscar se existem estados que compartilham o mesmo comportamento no que diz respeito às saídas e às transições para outros estados.

Dicas finais🔗

Conclusão🔗

Compreender diagramas de estado, tabelas de transição e otimização de estados é essencial para engenheiros e entusiastas que trabalham com circuitos sequenciais. A habilidade de representar de forma clara o comportamento de uma FSMMáquinas de Estado Finito (FSMs): Projeto prático: semáforo ou máquina de venda automáticaMáquinas de Estado Finito (FSMs): Projeto prático: semáforo ou máquina de venda automáticaAprenda a criar uma Máquina de Estado Finito aplicada a um semáforo. Tutorial prático com diagramas, tabelas e lógica de transição detalhada. e então minimizá-la pode tornar projetosIntrodução ao SystemVerilog: História e EvoluçãoIntrodução ao SystemVerilog: História e EvoluçãoDescubra a trajetória do SystemVerilog, sua origem a partir do Verilog, e os marcos que transformaram a verificação de hardware na indústria digital. mais eficientes e robustos.

Mantendo uma abordagem narrativa e prática, este tutorial reforça que, embora existam diversas etapas e técnicas específicas, o ponto-chave está em capturar rigorosamente o comportamento desejado da máquina e traduzir esse comportamento numa estruturaEstruturas e Uniões: Organizando Dados ComplexosEstruturas e Uniões: Organizando Dados ComplexosAprenda como aplicar estruturas e uniões em SystemVerilog. Descubra a diferença entre packed e unpacked com exemplos práticos e dicas para um design otimizado. de estados bem definida. A partir disso, organizamos a transição entre esses estados e refinamos o projetoIntrodução ao SystemVerilog: História e EvoluçãoIntrodução ao SystemVerilog: História e EvoluçãoDescubra a trajetória do SystemVerilog, sua origem a partir do Verilog, e os marcos que transformaram a verificação de hardware na indústria digital., removendo quaisquer estados redundantes ou equivalentes.

Com o domínio desse conhecimento, você já está pronto para aprofundar futuros projetosIntrodução ao SystemVerilog: História e EvoluçãoIntrodução ao SystemVerilog: História e EvoluçãoDescubra a trajetória do SystemVerilog, sua origem a partir do Verilog, e os marcos que transformaram a verificação de hardware na indústria digital. de circuitos sequenciais em sistemas embarcados, aplicações de IoT ou mesmo em atividades de pesquisa e desenvolvimento nas quais a lógica de controle de estados é essencial.

Autor: Marcelo V. Souza - Engenheiro de Sistemas e Entusiasta em IoT e Desenvolvimento de Software, com foco em inovação tecnológica.

Referências🔗

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